Os cretinos na vida pública
J. J. Duran
O escritor William Faulkner escreveu certa feita que se pode sim confiar em um cretino, já que basta conhecê-lo para saber que gênio e figura ele é e continuará sendo, até ser levado à sepultura.
Para conhecer um cretino, temos que verificar a forma como ele atuou e atua em sua longa caminhada política rumo ao poder e aos cofres públicos para enganar seus concidadãos, que por falta de inteligência política, sempre e nos mais diversos cenários parecem ser maioria.
No tempo eleitoral, o cretino político se movimenta, fala e escreve, sob impunidade consentida, muitas bravatas, mentiras e promessas que adornam o nefasto e ridículo mundo que o rodeia.
Renova velhos bordões da oratória ou da escrita fazendo manjadas promessas e enaltecendo os benefícios que a sociedade receberá ao longo de seu mandato, uma vez eleito.
Entre os desiludidos com a política e seus apaixonados atores existe o entendimento de que o cretino que se converte em candidato sempre tem como sombra outros aprendizes de cretino.
Alternância política e diálogo respeitoso e construtivo para aportar soluções consensuadas são coisas fora de cogitação no pensamento desses fervorosos e bem remunerados seguidores dos prometedores do paraíso na terra.
O pensamento único, a verdade inquestionável e a luta para não perder a oportunidade de ser um agente distribuidor de benesses à grei domesticada leva candidatos, escribas, seguidores e familiares a converterem-se em uma espécie de lobos ferozes.
E para o marco de suas bem elaboradas biografias exibem brilhantes serviços prestados à República como fruto de seus sacrificados anos de exercício da função pública.
Porém, que seja dito, escrito e aceito que nem todo cretino ou pseudo escriba é político e que nem todo político é cretino. (Foto: Reprodução internet)
J. J. Duran é jornalista, membro da Academia Cascavelense de Letras e Cidadão Honorário do Paraná