O TSE e as pesquisas fajutas
Alguns políticos conhecidíssimos, useiros e vezeiros em usar as pesquisas a seu favor e que delas certamente não abrirão mão quando voltarem a sentir a necessidade de se beneficiar de números fajutos, botaram pressão no TSE na esperança de que este determinasse a abertura imediata de investigação para apurar a pouca vergonha cometida por alguns institutos no primeiro turno desta eleição, produzindo números que mais tarde as urnas mostraram ser verdadeiras aberrações.
E nossa suprema corte eleitoral, como era de se esperar por estar sob a batuta do tal Alexandre de Moraes, foi logo vetando a abertura de inquérito pela Polícia Federal e de procedimento administrativo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, como a dizer que está tudo muito bem do jeito que está.
Fazendo uma breve analogia disso com a medicina, dir-se-ia que, embora claríssimo para todos que o paciente está moribundo, com um pé já dentro da cova, ainda não é hora de medicá-lo, até porque ele não se ajuda.
É como aquela disputa em que os "atletas" são divididos de acordo com a conveniência de cada um para aquele momento (e só aquele momento), mas após o apito derradeiro do árbitro, neste caso representado pela conclusão da eleição e somatória dos votos, vão para o mesmo "vestiário" e se arrebentam de rir da inocência dos torcedores/eleitores, que só depois se darão conta que aquilo tudo não passava de um jogo do faz de conta, mas na partida seguinte estarão outra vez lotando as arquibancadas, como se apreciassem ser enganados. (Foto: Pixabay)