Nem o TCU engoliu o modelo de pedágio imposto ao Paraná
O novo modelo de pedágio gestado pela equipe do ex-ministro Tarcisio de Freitas e imposto meio que de goela abaixo aos usuários das principais rodovias paranaenses não caiu no encanto nem mesmo do TCU (Tribunal de Contas da União). Prova disso é um documento emitido pela principal área técnica daquela Corte sugerindo várias mudanças na proposta.
De acordo com a Assembleia Legislativa do Paraná, o relatório propõe novas audiências públicas, criação de conselhos de usuários em cada lote da licitação, conforme proposto pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio para acompanhar todo o processo, garantias para realização dos investimentos e reavaliação das desapropriações.
Ao todo, o relatório apresenta 12 determinações, oito recomendações e uma informação para a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), que é a criação do conselho de usuários para cada lote. Também foi encaminhada cópia do documento para o Ministério da Infraestrutura e Logística.
O relatório, que tem 145 páginas, foi encaminhado no último dia 4 para o ministro do TCU, o relator sobre a concessão do pedágio no Paraná, Walton Alencar Rodrigues, que ainda emitirá o parecer final. Porém, as observações feitas pelos técnicos são um avanço considerável, uma vez que reafirmam os estudos apresentados pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio.
Os técnicos também recomendam que a nova versão do projeto seja apresentada à sociedade paranaense, especialmente a parte dos valores tarifários, que estudos dos Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná já apontaram que o preço do pedágio vai ficar ainda mais caro que o cobrado até um ano atrás. (Foto: Ari Dias/AEP)