Concessionárias planejam novo aumento nas tarifas do pedágio
A 48ª fase da Operação Lava Jato, desenvolvida em fevereiro deste ano, chegou ao que é conhecido como "negócio da China" no Paraná: a cobrança de pedágio nas estradas do Anel de Integração. À época, Polícia Federal e Ministério Público Federal apontaram um esquema criminoso envolvendo empresários e agentes públicos que pode ter elevado em até quatro vezes o valor das tarifas no Estado.
A suspeita é de que tenha havido superfaturamento em obras e outras irregularidades para gerar recursos para pagar propina a agentes públicos do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) e até da Casa Civil do Governo do Estado. Foi esse caso que culminou com a prisão de Nelson Leal, do DER, e no cumprimento de mandado de busca e apreensão contra Carlos Nasser, da Casa Civil.
Apesar disso, e apostando da memória curta dos usuários, as concessionárias já falam em um novo aumento das tarifas, agora para compensar o fato de estarem há 50 dias sem poder cobrar pedágio dos eixos suspensos dos caminhões.
A isenção da tarifa dos eixos suspensos, que ocorre quando os pneus não tocam o chão, foi uma das concessões do governo federal para conter a paralisação da categoria.
Segundo a ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias), negociações nesse sentido com o Governo do Estado já estão em andamento, mas ainda não há um cálculo do que as empresas deixaram de arrecadar até agora. (Foto: Arquivo)