Só política pública pode salvar transporte urbano do colapso
No Brasil todo, o sistema de transporte coletivo recuperou ao longo de 2021 37,8% da demanda de passageiros perdida no ano anterior, o mais castigado pela pandemia. Ainda assim, no entanto, o montante de usuários ficou 10,8 milhões abaixo do registrado em 2019.
Esses números constam do anuário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos e foram anunciados durante seminário que se encerra nesta quarta-feira (10), em São Paulo, e do qual o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, foi convidado a participar na condição de vice-presidente de agronegócio da Frente Nacional dos Prefeitos, para defender uma nova estratégia destinada a assegurar esse importante serviço.
"Nós temos o desafio de oferecer qualidade no transporte e, claro, sempre com a preocupação de não elevar o preço das tarifas. Se nós queremos pessoas para continuar no sistema de transporte, é preciso ver o transporte como uma política pública, assim como é a saúde, a educação, a segurança pública. As pessoas usam o sistema de transporte porque precisam e, evidentemente, temos que oferecer um transporte de qualidade, com rapidez, segurança e economia", destacou Paranhos ao falar para as maiores autoridades do País no setor.
"Os governos municipais, dos estados e o governo federal precisam criar uma política pública para garantir às pessoas transporte de qualidade. O tema é urgente, prioritário, e nós precisamos encontrar um caminho. Cascavel está saindo na frente. Nós já iniciamos, e vamos fazer a nova licitação dos ônibus já num sistema cooperado, no qual a Prefeitura vai bancar parte da tarifa do usuário, para garantir que o preço seja acessível", acrescentou o prefeito cascavelense, que vê como único caminho para evitar o colapso desse importante serviço o poder público subsidiar parte do custo desse serviço. (Foto: Divulgação)