Como acertar na escolha da profissão
Elis Gislaine Marques Sbardelotto
O grande objetivo da orientação vocacional é auxiliar o indivíduo em seu processo de tomada de decisão em relação à escolha ocupacional/profissional. Mas até a chegada desse momento, muitos são os fatores que interferem e, às vezes, até determinam a escolha do curso universitário.
A família sempre exerce algum tipo de influência nesse processo. Logo que nascemos nossos pais começam a fazer planos para nossas vidas. Orgulham-se em dizer aos amigos e parentes coisas do tipo "meu filho ou minha filha vai ser médico (a), dentista, enfermeiro (a), engenheiro (a)..." São os desejos deles que estão em pauta nesse primeiro momento.
Sonhar é um direito de todos, mas o que não pode acontecer é, no momento da escolha, os pais exigirem do jovem que opte por esta ou aquela profissão com base nos desejos pessoais deles. Os pais não podem nem devem pressionar o filho a escolher uma atividade da qual não goste. O correto é a família apoiar o jovem naquilo que ele gosta de fazer e ajudá-lo a desenvolver suas habilidades para que descubra seu potencial e, com isso, consiga chegar ao sucesso na sua profissão. A grande contribuição da família é permitir que o estudante seja o autor das suas próprias escolhas e por elas se responsabilize
OUTRAS INTERFERÊNCIAS
Quando, enfim, chega o momento de optar por uma profissão, o jovem se depara com outros fatores de interferência, como o mercado de trabalho, os amigos e, em determinados casos, até mesmo os meios de comunicação. Como se isso não bastasse, ainda há a visão romântica que faz com que ele idealize a profissão de tal forma que acabe não enxergando as adversidades decorrentes da mesma.
Muitas vezes também deixa de fazer uma escolha que lhe agrade pelo fato de acreditar que existem algumas profissões mais apropriadas para homens e outras mais apropriadas para mulheres. Dentro desse cenário, ele normalmente acaba não percebendo as influências indevidas e, como consequência, ingressando numa faculdade apenas para tentar oferecer uma resposta à família e à sociedade.
A grande contribuição da família é permitir que o estudante seja o autor das suas próprias escolhas e por elas se responsabilize. O ideal é que o adolescente seja ativo em suas escolhas, que possa se basear na autoanálise, na compreensão pessoal e no reconhecimento de vantagens e exigências de uma ocupação. É necessário, ainda, identificar requisitos profissionais e analisar as próprias características para poder, então, escolher a profissão ideal e ser feliz com ela.
Elis Gislaine Marques Sbardelotto é formada em Psicologia Hospitalar e Orientação Vocacional, especializada em Psicologia Familiar Sistêmica e perita Avaliadora de Trânsito - CRP-08/13639 - Contato: (45) 99912-8788