Patifaria explícita, fins ocultos
Renato Sant’Ana
Um policial militar à paisana, percebendo que bandidos estavam por roubar um carro, reagiu, trocou tiros com os meliantes, pô-los em fuga, mas levou um balaço na perna e teve de ser hospitalizado. Isso ocorreu em Porto Alegre, Bairro Cidade Baixa, na madrugada de 1º/08/2022.
Alguém diria que somos todos anjos e que já não necessitamos de polícia? É óbvio que não! Mas será que temos a justa consideração por aqueles que zelam por nossa segurança, inclusive com risco de sua própria vida?
Em total contrassenso, há hoje um movimento mundial antipolícia. Em 2016, cobrindo uma profusão de greves na França, a TV mostrou um cartaz afixado por sindicalistas em que se lia: "O povo odeia a polícia!". Mentira, um truque para induzir a população a odiar a polícia!
No Brasil, se bandidos levam a pior num enfrentamento, patifes, sem sequer conhecer os fatos, acusam a polícia de "excesso". E milicianos de redes sociais, junto com a extrema imprensa, reforçam essa falácia.
É a mesma turma dos pilantras do mensalão e da Lava Jato, os ativistas que protegem criminosos e que, às ocultas, planejam tomar o Estado e fazer o que seus iguais fizeram na Venezuela, isto é, pôr a polícia no cabresto e criar milícias governistas para controlar a população.
É ilustrativo o que diz Marcia Tiburi, uma das vozes falantes do PT. "Sou a favor do assalto", diz ela. E justifica: "Tem uma lógica no assalto. Eu não tenho uma coisa que eu preciso, fui contaminada pelo capitalismo... (...) Tem muitas coisas que são muito absurdas, que se você vai olhar a lógica interna do processo (...)". E conclui: "Sabe que isso seria justo dentro de um contexto tão injusto?"
Está na cara que, na lógica da petista, o policial baleado errou ao não admitir que os ladrões fossem "meras vítimas do capitalismo".
Há uma finalidade oculta em depreciar a polícia e justificar o crime: o fim é instituir um Estado policial, em que haverá, sim, polícia, só que não para defender as pessoas, mas para garantir o pretendido regime totalitário, que é a pior espécie de ditadura. (Foto: Divulgação)
Renato Sant’Ana é advogado e psicólogo - sentinela.rs@outlook.com