Um crime de Estado
Talvez o leitor não saiba, mas a verdade é que o TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) reviveu os tempos pré-informática por praticamente dois meses, voltando à normalidade há duas semanas. Isso tudo como resultado de um ataque cibernético, aquela coisa de mau gosto que alguns entendidos de informática fazem por algo muito maior que simplesmente atrapalhar a vida alheia.
Mas nem só o tribunal paranaense tem sido alvo desses criminosos. "Nos últimos 18 meses os tribunais brasileiros foram vítimas de 13 ataques, uma média de um a cada 14 dias. Isso se caracterizou como um crime de Estado", sentenciou o presidente Fábio Camargo (foto) ao detalhar, da tribuna da Assembleia Legislativa, o ataque sofrido pelo TCE-PR, que já está sendo investigado pelo Núcleo dde Combate aos Crimes Cibernéticos.
Diante desse cenário você há de se perguntar: mas isso não prova que o sistema brasileiro de votação eletrônica é igualmente vulnerável a um ataque desse tipo? Não, garantem os especialistas, principalmente pelo fato de a população em geral ter acesso a todo momento aos sites das côrtes de contas, e igualmente ao do TSE, enquanto as urnas eletrônicas são inacwessíveis por não estarem conectadas a qualquer tipo de rede.
O que, convenhamos, também não é uma garantia absoluta de que o sistema de votação brasileiro seja algo absolutamente seguro - muito embora, até onde se saiba, não haja provas concretas em contrário. (Foto: Orlando Kissner/Alep)