Defesa quer votação paralela
Um dia depois de o Tribunal de Contas da União divulgar relatório afirmando que o sistema de urnas eletrônicas é seguro, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, apresentou em audiência convocada pelo senador governista Eduardo Girão uma proposta de votação paralela com o uso de cédulas de papel nas eleições de outubro próximo.
Também presente ao debate, o chefe da equipe das Forças Armadas no grupo de fiscalização do processo eleitoral, coronel Marcelo Nogueira de Souza, disse que os militares estudaram detalhadamente os sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e detectaram uma série de possíveis ameaças, ao contrário do que disseram os técnicos do TCU.
Diante disso, ele lançou outra ideia, que chamou de "teste de integridade na seção eleitoral", que consistiria em uma verificação adicional às previstas pelo TSE para atestar a inviolabilidade das urnas, bem como a impressão do boletim de urna e o uso de uma urna para votação oficial e outra para votação paralela para testes em locais definidos sem aviso prévio, o que levaria o eleitor a votar duas vezes.
Para técnicos militares, as urnas eletrônicas são pouco sujeitas a ataques externos, como invasões por hackers, mas podem sofrer ameaças internas de códigos maliciosos depositados antecipadamente (hardware) ou nos programas computacionais (software) que são carregados nelas para processar a votação. (Foto: Divulgação TSE)