"A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo e Céu Azul", diz nota emitida pelo comando do 19º BPM sobre a tragédia sem precedentes causada pelo policial militar Fabiano Junior Garcia, que tirou a vida de oito pessoas e depois se suicidou entre a noite de ontem (14) e madrugada de hoje (15).

A nota acrescenta que  "desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa Prumos, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares, com profissionais contratados", mas nada diz sobre a conduta do soldado, que, segundo colegas, tinha um comportamento aparentemente tranquilo.

A TRAGÉDIA

Conforme a PM, o soldado Fabiano, que morava em Toledo mas era natural de São Miguel do Iguaçu, saiu do trabalho já no início da noite, foi para casa e matou a esposa Kassiele Moreira e a filha dela do primeiro casamento, de 12 anos, fato que comunicou ao cunhado por telefone. Em seguida, foi até a casa da mãe e matou a genitora, de 78 anos, e também o irmão, de 50.

Então, percorreu pouco mais de 60 km até uma propriedade rural no interior de Céu Azul, onde matou os filhos de 4 e 8 anos, que estavam com os tios. De volta a Toledo, matou um rapaz de 17 e outro de 19 anos que andavam na rua e sequer eram conhecidos seus. Por fim, estacionou o carro próximo de sua casa, que a esta altura estava tomada por policiais, e então se suicidou.

A mãe ele matou a facadas e as demais vítimas a tiros, a maioria deles desferida a queima-roupa.

De acordo com o comando geral da Polícia Militar do Paraná, Fabiano gravou áudios dirigidos a familiares e amigos dizando que a motivação de tudo foi o fato de não aceitar a separação pretendida pela esposa, além de estar endividado por causa de jogos.