TCU: urna eletrônica é segura
O TCU (Tribunal de Contas da União) anunciou nesta semana, ao final da terceira etapa de uma criteriosa auditoria, que não identificou qualquer risco relevante à lisura das eleições, ao contrário do que já foi questionado num passado nada distante pelo time de Lula e que hoje é uma espécie de bandeira de luta do time de Bolsonaro, em especial dele próprio.
Desta feita foram verificadas, da fase da lacração das urnas até a totalização dos votos, a segurança, a confiabilidade e a auditabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Na primeira etapa a Corte havia atestado que o sistema eletrônico de votação é seguro e auditável, e na segunda não havia identificado riscos concretos ao desenvolvimento e à manutenção do sistema, bem como atestado que os mecanismos de segurança disponíveis dão a confiabilidade desejada.
Importante ressaltar que esse trabalho foi desenvolvido por uma equipe de técnicos altamente capacitados e que o parecer teve aprovação unânime dos nove ministros do TCU, incluindo Jorge Oliveira, indicado pelo próprio Bolsonaro.
Ao todo, foram identificados 15 diferentes tipos de planos de contingência de alcance nacional envolvendo todas as fases do processo eleitoral. "Testes bem-sucedidos foram realizados em procedimentos previstos nesses planos e algumas das situações previstas foram observadas pela equipe, de forma presencial, ao acompanhar a eleição suplementar de Agudos do Sul-PR, realizada em 3/4/2022", detalha o relatório da auditoria.
Em tempo: órgão de controle externo do governo federal e sem ligação com o Poder Judiciário, o TCU é composto por nove ministros, três indicados pela Presidência da República e seis pelo Congresso Nacional - que, vale dizer, é majoritariamente governista. (Foto: AGBR)