Marcio Pacheco x Professor Lemos
Repetindo o que se verificou no debate em torno do ensino domiciliar, os deputados Marcio Pacheco e Professor Lemos, ambos representantes de Cascavel na Assembleia Legislativa do Paraná, voltaram a se posicionar em campos opostos nesta quarta-feira (13), desta feita por conta do projeto que proíbe a linguagem neutra no Estado.
De autoria do próprio Pacheco e dos também deputados Homero Marchese e Alexandre Amaro, o projeto foi a debate na Comissão de Educação da Alep com parecer favorável do relator, deputado Luiz Fernando Guerra, mas sua tramitação acabou travada por ao menos mais uma semana por força de um pedido de vistas de Lemos, como se esse tema já não tivesse sido debatido à exaustão.
O projeto proíbe a utilização da neutralidade de gênero nas instituições de ensino mantidas pelo Estado do Paraná, em bancas examinadoras de concursos e seleções realizadas ou contratadas pelo poder estadual, na publicidade institucional, informativos, circulares, e-mails, memorandos, documentos oficiais, currículos escolares, editais, provas e exames.
"Não podemos vilipendiar a língua portuguesa. Não há cabimento a alteração da linguagem utilizada em toda uma nação por uma ditadura da minoria. Seria uma aberração", sustenta Pacheco, lembrando que o Art. 13 da Constituição Federal estabelece a língua portuguesa como idioma oficial do País.
A linguagem neutra se caracteriza pela utilização de vogais, consoantes e símbolos que não identifiquem o gênero masculino ou feminino, gerando alterações ortográficas nas palavras. (Imagem: Freepik)