Temperança, minha gente!
A semana política brasileira, infelizmente, começou com marcas de sangue. O assassinato do guarda patrimonial Marcelo Arruda, tesoureiro petista e candidato a vice-prefeito do partido à Prefeitura de Foz do Iguaçu em 2020, foi e continua sendo marcado na imprensa e nas redes sociais por incontáveis tentativas de pôr ainda mais lenha na fogueira, como se o aumento das labaredas dessa tragédia pudesse colocar alguma luz no horizonte eleitoral que se avizinha.
O policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, algoz de Marcelo e igualmente ferido na troca de tiros, segue internado com escolta policial e, se sobreviver, irá direto do hospital para a prisão a fim de pagar pelo ato extremo cometido e originado do discurso de ódio que tomou conta da política brasileira, independente da confirmação ou não da versão de que os dois pudessem ter uma rixa anterior ao triste episódio do último fim de semana.
Aos brasileiros de bem, verdadeiramente preocupados em garantir que ninguém mais tombe sem vida em nome da intolerância que permeia o debate sobre as eleições de outubro vindouro, cabe o papel de seguir ao pé da letra aquele ditado popular segundo o qual "cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém" e apaziguar os ânimos para assegurar que a disputa nas urnas não ultrapasse limites que não possam ser mais restabelecidos. (Foto: Reprodução redes sociais)