Há um verdadeiro abismo entre o futebol masculino e o futebol feminino. Um estudo feito pelo sindicato internacional dos jogadores de futebol (FIFPro) e divulgado nesta sexta-feira  aponta que 49% das mulheres na modalidade não recebem salários e que 87% encerrarão a carreira antes dos 25 anos.

O documento foi elaborado em parceria com a Universidade de Manchester, e contou com a participação de 3,3 mil jogadoras de elite de 33 países.

Os dados apontam que 1% das jogadoras cobra salários iguais ou maiores que 6.489 euros (R$ 29.323,14), 9% recebem entre este valor e 1.620 euros (R$ 7.320,62) e entre este último montante e número e 485 euros (R$ 1.920,53), são 30% do universo. Já 60% têm remuneração que vai de zero aos 485 euros, de acordo com o relatório.

O documento aponta ainda que 66% das jogadoras que defendem seleções dos países pesquisados estão insatisfeitas com o pagamento de prêmios de competições. Das ouvidas, 42% admitem que não recebem o suficiente para cobrir despesas.

De acordo com o estudo da FIFPro, o futebol feminino teve aumento de popularidade nos últimos anos, apesar da alta porcentagem de jogadoras dispostas a abandonar a carreira, para seguir outra que permita maiores salários e reconhecimento. (Foto: Arquivo/AGBR)