Experiência cascavelense de combate à dengue é finalista de prêmio nacional
"A epidemia da dengue: uma sequência de ensino investigava" é o tema da estratégia didática desenvolvida no início deste ano pelo professor Mikael Otto com os alunos de 5º ano A e B da Escola Municipal da Transparência, de Cascavel, e que vem de ser classificado entre os dez trabalhos do País todo que passaram à final do IV Prêmio Educação em Ciências, promovido pela Federação de Sociedades de Biologia Experimental, com apoio do Instituto Questão de Ciência.
A atividade aplicada na Escola da Transparência levou em conta a realidade de Cascavel em relação à dengue e contou com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde, que deu o suporte necessário com a oferta de materiais. "Considerando a problemática local e a expressividade de infectados na região onde a escola está inserida, foi planejada uma sequência didática investigativa utilizando materiais e ferramentas didáticas oferecidas pelo Laboratório de Ciências da escola", explica o professor.
A sequência foi dividida em quatro etapas. A primeira tratou da problematização, usando a história em quadrinhos produzida pelo município e que tem como supervilão o vírus causador da dengue, que possibilitou ao professor obter um panorama do conhecimento prévio dos alunos acerca de tema e o levantamento de hipóteses dos alunos para a resolução do problema.
Na 2ª etapa foram trabalhados os conceitos biológicos do vírus e do vetor, abordando causa, transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e ciclo de vida do mosquito. As larvas foram observadas, identificadas e registradas em cadernos pelos alunos, classificando os diferentes estágios de vida de acordo com o desenvolvimento morfológico das amostras, identificadas com o uso de microscópio.
A etapa seguinte contou com a construção de armadilhas confeccionadas pelos alunos, utilizando materiais recicláveis. Os estudantes fizeram uma busca exploratória, primeiramente em casa e depois na escola, com o propósito de investigar possíveis criadouros de larvas do Aedes aegypti e a instalação das armadilhas.
E na quarta e última etapa, os alunos compartilharam conhecimento e materiais produzidos na escola com a comunidade local. "A estratégia possibilitou aos alunos a assimilação dos conhecimentos científicos e o uso desses conhecimentos na busca da resolução da problemática local, assim, tornando-os agentes transformadores e verdadeiros heróis da vida real", conclui o professor. (Foto: Secom/PMC)