Campanha irrigada a bilhões
Quaquer ser minimamente pensante sabe que o poder de compra dos brasileiros segue em queda livre diante o difícil momento econômico enfrentado pelo País e que, graças a Deus, começa a dar sinais de que será deixado para trás em breve. Isso, claro, preocupa a todos que têm família para sustentar, mas nem tanto os políticos, este verdadeiro exército de privilegiados e que já tem uma noção de quanto poderá gastar (do nosso dinheiro, não do seu) na campanha eleitoral que se avizinha.
Os limites de gastos ainda serão oficializados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas o ministro Alexandre de Moraes deu com a língua nos dentes e antecipou que os valores de 2018 serão corrigidos com base na inflação dos últimos quatro anos, que fechou em 26,21%.
Diante disso, um candidato a presidente da República poderá gastar até R$ 88,35 milhões no primeiro turno e até R$ 44,17 milhões no segundo. Os candidatos a deputado federal terão um limite de gastos de R$ 3,15 milhões e os candidatos a deputado estadual ou distrital, de R$ 1,26 milhão. Já no caso de governadores e senadores, esse teto irá variar de acordo com o eleitorado de cada unidade da Federação.
Importante lembrar que isso tudo sairá do tal Fundão, bancado com o sagrado dinheiro dos impostos para salvaguardar as finanças dos candidatos sob o argumento de que o financiamento público torna as campanhas mais justas - como se isso fosse, de fato, verdade. (Imagem: Reprodução Câmara dos Deputados)