Gene Simmons, do Kiss, e Alice Cooper, o apocalíptico cantor de heavy metal norte-americano, são alguns dos exemplos de astros do rock que são sucesso no mundo empresarial. O Brasil também tem os seus representantes nessa lista. Um deles é Caito Maia, que antes de ser o multimilionário CEO da Chilli Beans, era o vocalista e guitarrista da banda Las Ticas Tienen Fuego. A trajetória de Caito é tão singular que inspira multidões e vai se transformar em filme com lançamento previsto para 2024.

Caito foi a personalidade convidada pela associação comercial para lançar oficialmente o Conexão Acic 2022, um dos maiores e mais antigos ciclos de palestras do Sul do Brasil. Para um público de mil pessoas, terça à noite no Clube Comercial, o fundador da marca de óculos famosa no mundo todo contou em detalhes passagens de sua trajetória de sucesso. O sonho era ser um músico consagrado, mas para estudar em Berkley, uma das maiores e mais caras escolas dessa arte no planeta, era preciso ter dinheiro.

O aspirante a pop star gostou dos modelos de óculos vendidos na Califórnia e decidiu comprar alguns e revender a amigos e a conhecidos em suas viagens de retorno ao Brasil. A aceitação surpreendeu e com o anúncio de um pedido de milhares de exemplares, Caito percebeu que era hora de profissionalizar e investir. Mesmo com bons índices de vendas, os oito primeiros anos da carreira do empreendedor não foram fáceis.  "Esse foi um período de dificuldades, mas que me ensinou muito e me preparou para o que sou hoje".

A trajetória de sucesso, com mil lojas espalhadas por 19 países e faturamento anual superior aos R$ 500 milhões, virou um case de sucesso e abriu outras portas para Caito. Mais do que óculos, o empresário passou a oferecer a um público fiel e a aspirantes a empreendedor um estilo de vida regado a marketing, aventura, glamour, festas e diversão. O passe de Caito, hoje com 53 anos, virou um produto precioso para grifes de renome, como Shark Tank, e para empresas e entidades à caça de talentos que possam influenciar positivamente uma legião com disposição para o trabalho e com boas ideias na cabeça.

INVESTIR NA MARCA

Tão importante quanto ter um produto de qualidade e desejado é investir no constante fortalecimento da marca. Durante suas palestras, Caito fala de seu percurso e dá dicas a quem está começando. Uma delas é se conectar às tecnologias e transformar o que você tem a oferecer em um item desejado.  "Marca forte não precisa de desconto para vender", afirmou ele, que hoje tem 25 lojas nos fechados regimes de países do Oriente Médio.

A criatividade é outro diferencial determinante para o sucesso. Caito Maia lembrou que, no início, a Chilli Beans não contava com fôlego financeiro para ter lojas em shoppings. Então o jeito foi propor um novo formato de negócio, usando quiosques. Deu tão certo que hoje 400 das lojas da marca funcionam em balcões pequenos e personalizados. O sucesso do empreendimento é tão grande que o Brasil é o único país no qual a poderosa Ray-ban não é líder absoluta em um mercado que ajudou a arquitetar.

Ouvir e valorizar as pessoas é outro dos conselhos que o CEO costuma dar.  "Respeito todas as opções e orientações que a pessoa decidiu para si, o que busco é profissionalismo e compromisso com a empresa". Não se acomodar também é um trunfo poderoso nesse negócio.  "Temos, todas as semanas, lançamentos e com o auxílio de uma inteligência artificial, não há sobras nas prateleiras". A pandemia trouxe lições ao empreendedor.  "Tive que buscar alternativas para seguir e as ideias que vieram levaram a novos caminhos. Apenas nesse período, 180 novas lojas foram abertas", disse ele no evento da Acic.

DO LADO DOS GRANDES

Quem quer ser verdadeiramente grande precisa compreender, criar e aproveitar oportunidades. Caito não tem receio de investir somas gigantescas para associar a Chilli Beans a nomes e a marcas de inegável apelo popular. Ela é parceira, entre outros, do DJ Alok, do Big Brother Brasil e até da série de filmes Harry Potter. A onda sustentável também invade as produções da empresa. Cerca de 30% das novas coleções são fabricados com resíduos retirados do fundo do mar. E para quem tem medo do futuro do Brasil, Caito tem um recado:  "Independente do que ocorra em Brasília, quem faz esse país somos nós. Acredite no Brasil".

O Conexão Acic tem mais três palestras programadas para setembro: dia 13 com Leandro Karnal, que falará sobre  "Recriar, reinventar ou desaparecer"; dia 21 com Martha Gabrielm, que abordará o tema  "Vivendo no metaverso",  e no dia 27 com o jornalista Augusto Nunes, que tratará sobre o  "Panorama do Brasil e cenários econômicos".

Outras informações nos seguintes contatos cursoselocacoes1@acicvel.com.br, cursoselocacoes2@acicvel.com.br ou 3321-1415, 3321-1452. (Foto: Divulgação)