O Grupo Sperafico, nascido na cidade de Toledo, mas com negócios principalmente no Mato Grosso do Sul, teve acatado pela Justiça do Estado vizinho ao Paraná o pedido de recuperação judicial protocolado no dia 1º de junho. O grupo tem atualmente pouco mais de 400 colaboradores, 18 mil hectares agricultáveis no Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e um passivo de R$ 1.076 bilhão, mais as dívidas tributárias, o que elevaria o valor para algo próximo de R$ 3,4 bilhões.

O juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da Vara de Falências, Recuperações, Insolvências e Cartas Precatórias Cíveis de Campo Grande, se baseou no resultado da perícia realizada pela Cury Consultores para acatar o pedido, que envolve as empresas Sperafico Agroindustrial, Sperafico da Amazônia, Cobrazem e Adm Transportes e as pessoas físicas Alexandre Sperafico, Dalton Sperafico, Denis Sperafico, Dilso Sperafico, Itacir Antonio Sperafico, Levino José Sperafico, Marcos José Sperafico, Ricardo Luiz Sperafico e Rodrigo Vicente Sperafico.

"Desta forma, após análise integral dos documentos, com fulcro nas averiguações realizadas pelas reuniões e conferências por telefone, concluímos que o pedido de recuperação judicial visa a manutenção e retorno do crescimento dos negócios do Grupo, ou seja, atinge o objetivo previsto no Art. 47 da Lei 11.101/2005, de modo que, resumidamente, e com as ressalvas já mencionadas, opinamos pelo deferimento do processamento da recuperação judicial", justificou o juiz em sua decisão, na qual também suspendeu por 180 dias todas as ações ou execuções contra as empresas do grupo. (Foto: Reprodução)