Estádio não é lugar de bandido
Lugar de criminoso é na cadeia, não nas arquibancadas dos estádios de futebol, mas na prática não é bem isso que acontece. Os recentes e recorrentes casos de violência envolvendo "torcedores" paranaenses, que ainda na semana passada culminaram com um assassinato em Curitiba, são um sinal claro da impunidade que impera em relação a isso.
"Em um curto período de menos de um mês, foram diversos casos de brigas dentro e fora do campo, bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta, crianças chorando sendo levadas para o fosso do Couto Pereira, homens e mulheres com os olhos lacrimejando e o rosto vermelho pelo efeito dessas bombas atiradas contra vândalos, verdadeiros bandidos travestidos de torcedores. Isso sem contar as agressões e brigas violentas registradas em diversos locais de Curitiba e Região Metropolitana. Sem contar o torcedor do Palmeiras quer morreu na semana passada depois do jogo contra o Coritiba e outro que perdeu a visão do olho esquerdo no mesmo jogo", detalhou o deputado Galo em discurso da tribuna da Assembleia Legislativa.
Lembrando que imagens mostrando esses criminosos em fúria estão espalhadas nas redes sociais, ele indagou: "Por que essas pessoas não estão presas, por que não há punição nenhuma para esses marginais?" - "Ninguém aguenta mais, a população fica com medo sempre que há um jogo de grande apelo", ressaltou.
Galo ressaltou que a torcida única já mostrou não ser uma solução. "O que precisa de forma urgente, é prender e punir quem vai ao estádio apenas para praticar atos de vandalismo e violência que nos envergonha", reiterou. (Foto: Dálie Felberg/Alep)