Para que o crime não compense
Todos sabem que virou uma espécie de moda o furto de fiação elétrica para reaproveitamento do cobre e do alumínio nela contidos e que valem um bom dinheiro no chamado mercado da reciclagem. Por conta falta de vigilância, ou de sua existência de forma pouco efetiva, os espaços públicos têm sido a preferência da maioria dos gatunos, que acabam fazendo com que os prejuízos de sua ação sejam compartilhados pela população em geral.
E há muito tempo todos sabem, também, que nada disso aconteceria se esses "amigos do alheio" não tivessem a quem fornecer esses materiais, que invariavelmente acabam em poder de comerciantes igualmente inescrupulosos, mas, no Paraná, só agora surge uma iniciativa capaz de minimizar esse problema e punir seus causadores.
Trata-se de um projeto do deputado oestino Elio Rusch, que já passou pelo crivo das comissões técnicas e está pronto para ser submetido à apreciação do plenário da Assembleia Legislativa. Uma das medidas preventivas por ele propostas é a fiscalização constante de ferros-velhos e demais estabelecimentos que compram a revendem esses produtos em todo o Estado, que precisarão preencher um detalhado cadastro e não poderão mais atuar de forma informal a fim de possibilitar um controle rigoroso de tudo que é por eles comercializado.
"Nosso objetivo é ter um meio de controle eficaz e, desta maneira, evitar que as pessoas tenham onde vender esses materiais adquiridos de maneira ilegal", explica Rusch. "Existe uma rede de ilegalidade e esse tipo de crime ainda potencializa outras ocorrências mais graves, como assaltos devido à escuridão de vias públicas". (Foto: Reprodução)