Um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que envolveu um grupo de moradores da capital paranaense com 50 anos ou mais, indicou que as pessoas não vacinadas contra a Covid têm 61 vezes mais chances de morrer caso contraiam a doença em relação às que tomaram duas doses. Isso veio confirmar o que havia revelado uma pesquisa de dezembro passado do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos.

"Quando a pessoa faz a dose de reforço, ela agrega camadas de proteção, o que é indispensável considerando que os estudos mostram queda da imunidade gerada pela vacina ao longo do tempo", explica o epidemiologista da secretaria Diego Spinoza.  "O reforço, então, é uma forma de recuperar essa barreira, esse escudo de proteção, que é feito pela vacina e que acaba se deteriorando com o tempo", acrescenta.

Isso ajuda a explicar por que o Ministério da Saúde já liberou também a segunda dose de reforço (ou quarta dose) para pessoas com 50 anos ou mais, bem como para as pessoas imunossuprimidas com idade entre 12 e 49 anos. A condição é que a dose anterior tenha sido tomada há pelo menos 120 dias.