Imbróglio relacionado ao novo pedágio está agora com o TCU
A nova modelagem de pedágio proposta ao Paraná levou deputados estaduais para uma nova reunião com o TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília. A conversa, que durou cerca de duas horas e meia, foi de Arilson Chiorato, coordenador de Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná, do vice-coordenador Evandro Araújo e do vice-líder do Governo na Casa, Tiago Amaral, com integrantes da Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Rodoviária e de Aviação Civil do Tribunal.
"Com essas reuniões no TCU, semana passada com o ministro Walton Rodrigues e nesta com representantes da Seinfra, acredito que foi feito o que era possível, tanto pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio, quanto pelos deputados. Agora, os próximos passos do pedágio estão nas mãos do TCU, que deverá fazer toda análise administrativa, jurídica e técnica, e tomar decisões com as informações apresentadas", avaliou Chiorato.
Durante a nova reunião, dois professores que coordenaram o estudo feito pela UFPR, Luiz Antônio Fayet e Cristhyano Cavali da Luz, apresentaram os pontos mais questionáveis da modelagem ao subsecretário da Seinfra, Fábio Amorin, à diretora Laura Berlinck e técnicos do órgão, além de Carla Garcia, assessora do ministro do TCU, Walton Rodrigues.
Após a apresentação detalhada do estudo, o coordenador da Frente não descarta que o projeto de pedágio apresentado ao Paraná seja alterado. "Hoje, os técnicos apresentaram os principais dados do estudo feito pela equipe da UFPR, que mostram como o modelo de pedágio proposto contém falhas, além de ser perverso com o povo paranaense. Diante das informações, caso avaliem necessário, o projeto pode ser alterado", avaliou Arilson.
O deputado Evandro Araújo reforçou os temas que foram apresentados como as preocupações como o modelo pela menor tarifa, o número de novas praças de pedágio, o aumento de 40% de degrau tarifário após obras de duplicação, o impacto das praças de pedágio aos moradores lindeiros, além da retirada das obras já previstas na concessão anterior que foram incluídas no novo projeto e o momento de instabilidade econômica, foram debatidas em profundidade com os técnicos.
"Tivemos tempo de explicar os pontos de forma técnica e científica. Os técnicos ouviram todas as nossas preocupações, anotaram e disseram que devem se manifestar sobre elas no mês de agosto. Falamos sobre as falhas e contradições constatadas em estudos da UFPR, levamos todas as demandas tiradas das audiências públicas em todo o Paraná, realizadas pela Frente, e pedimos as alterações devidas", explicou. (Foto: Cleide Amorim)