Agência europeia garante: glifosato não causa câncer
Às vésperas do vencimento da licença para comercialização e uso do glifosato, que vai só até 15 de dezembro deste ano, um parecer científico pode assegurar que esse produto continue sendo usado normalmente no continente europeu e, por extensão, em outros celeiros agrícolas do mundo, como é o caso do Brasil.
O Comitê de Avaliação dos Riscos da Agência Europeia de Produtos Químicos emitiu parecer pelo qual assegura que os dados científicos disponíveis atualmente desmentem a tese de que o glifosato, empregado na produção de centenas de defensivos, seja uma substância cancerígena.
"O comitê constatou que as provas científicas disponíveis não atendiam aos critérios para classificar o glifosato como tóxico para um órgão [humano] específico, ou como substância cancerígena, mutagênica ou reprotóxica [capaz de ter efeitos nocivos no processo reprodutivo]", informou a entidade por meio de nota oficial.
Segundo o documento, o comitê avaliou "as propriedades perigosas do glifosato de acordo com os critérios do Regulamento de Classificação, Rotulagem e Embalagem", além de "um extenso volume de dados científicos e muitas centenas de comentários recebidos durante as consultas" para chegar à posição expressa no parecer.
A comercialização do glifosato chegou a ser suspensa na Europa em 2016, mas em seguida teve a licença prolongada por mais cinco anos, prazo que está por vencer no fim de 2022. (Foto: Reprodução SNA)