Saúde monitora peixes para proteger pescadores e banhistas
Em parceria com a Itaipu e apoio da 20ª Regional de Saúde, a Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde coletou no fim de semana toxinas de diferentes espécies de peixes peçonhentos nos municípios de Guaíra, Mercedes, Marechal Cândido Rondon e Pato Bragado, todos municípios lindeiros ao Lago da binacional.
A medida faz parte do Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos e Venenosos e tem como finalidade expandir o monitoramento de pescados da região do lago de Itaipu, garantindo a caracterização e identificação das toxinas e promovendo melhor atendimento à população exposta, formada por pescadores e banhistas que costumam frequentar as prainhas da chamada Costa Oeste.
Até o momento, mais de 50 espécies de peixes foram coletadas, predominantemente bagres e arraias. As ações, que tem acontecido desde o início de abril, devem ser mantidas ao longo do ano para identificar as principais espécies de peixes peçonhentos no Estado.
"Os acidentes provocados por bagres e arraias causam, de imediato, uma grande dor no local de contato e, devido à ação do veneno, podem levar até mesmo a um comprometimento dos membros afetados a partir de necroses", explicou o biólogo e chefe da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, Emanuel Marques da Silva. "As ações da Sesa para a melhoria no tratamento da população ocorrem, de início, visando os pescadores da Costa Oeste, mas em breve também incluirá os profissionais da Costa Leste".
RECOMENDAÇÕES
No caso dos bagres, o ferimento ocorre a partir da penetração do ferrão do animal. Em caso de acidente, é importante não remover o ferrão, mas comparecer a uma unidade de saúde para que o procedimento seja feito por um profissional. O veneno não resiste a temperaturas elevadas. Por isso, para atenuar a dor, deve-se manter o ferimento de molho em água quente.
Em caso de ferroadas envolvendo arraias é importante procurar serviços de saúde imediatamente para tratar adequadamente as lesões e evitar a evolução dos casos para infecções secundárias e necroses. Para esclarecer dúvidas existe um atendimento especializado pelo telefone 08000 410148. (Foto: Sesa)