A Câmara de Curitiba formaliza na sessão desta segunda-feira (30) a cassação do vereador Eder Borges em cumprimento ao seu Regimento Interno, que prevê a perda de mandato e dos direitos políticos por parte do membro da Casa com condenação transitada em julgado.

A origem de tudo foi a publicação na internet, ainda em 2016, de uma montagem fotográfica para mostrar um estudante com uma bandeira do comunismo, acompanhada de uma legenda acusando a APP-Sindicato de ser a responsável pelo caso, e que levou à condenação do vereador pela Justiça.

Tal fato é emblemático na luta pela depuração das redes sociais, onde todos os dias são postadas aos borbotões mensagens absurdas para disseminar o ódio e mentiras criadas com propósitos nada republicanos, a maioria delas para manipular a fatia menos cuidadosa do eleitorado.

Independente de estarmos em um ano eleitoral, é imprescindível que organismos públicos e entidades privadas entrem de cabeça na batalha para combater quem assim age, pois não podemos, em pleno século XXI, vivermos sob um império de mentiras.

No caso específico do Paraná, poder-se-ia começar por transformar em lei projeto do deputado estadual Requião Filho proibindo pessoas condenadas por esse tipo de crime de serem nomeadas em cargos do poder público, justamente onde mais prolifera a chamada indústria das fake news.