Uma cidade refém de criminosos
Durante a noite de ontem (24) ou madrugada de hoje (25), não se sabe ao certo, meliantes invadiram o Cmei do Bairro Alto Alegre e furtaram grande parte da fiação do local, que ficou na completa escuridão. Foi a repetição de um fato que tem ocorrido com frequência jamais vista em Cascavel nas últimas semanas, envolvendo prédios públicos e privados.
Há poucos dias andaram invadindo e depredando até uma capela mortuária, sem se importar até mesmo com um cadáver que lá estava, o que significa que nem os mortos vêm tendo sossego desde que as autoridades da saúde afrouxaram as restrições impostas como forma de controlar a pandemia - que, diga-se de passagem, voltou a apresentar números preocupantes em todo o Paraná.
Mas isso não é tudo. Como se não bastasse também a verdadeira farra das chamadas gangues da marcha à ré, que têm causado enormes prejuízos a muitos comerciantes, ainda ontem foi sepultado mais um jovem morto por um motivo banal após se envolver em uma briga em plena fila do lanche do McDonald e ser esfaqueado pelo seu oponente. Foi algo parecido com o ocorrido exatamente um mês antes, quando outro jovem foi executado a tiros em uma briga de trânsito.
Resumindo: o crime não deixou de existir durante o "toque de recolher" adotado como arma de enfrentamento do coronavírus, mas ganhou uma proporção talvez nunca vista antes na vida recente da cidade. Parece até que o tal vírus chinês enlouqueceu meio mundo, a ponto de transformar em verdadeira aventura para qualquer cascavelense o simples fato de sair à rua, independente da hora do dia ou da noite.
Em tempo: se faz segurança saindo às ruas antes mesmo dos bandidos, não fazendo reuniões em gabinetes com ar condicionado na tentativa vã de mostrar à população que se está protegendo-a. Com a palavra, as autoridades da área. (Foto: Reprodução)