Ferroeste: Fruet levanta suspeita sobre contratos
Cumprindo que havia prometido na sessão do último dia 12 da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Soldado Fruet protocolou no Ministério Público do Paraná formalizou pedido ao Ministério Público para que o Gepatria (Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) que investigue contratos firmados pela Ferroeste com três escritórios de advocacia de Curitiba.
"É meu papel fiscalizar e encontramos muitas ‘coincidências’ que merecem ser investigadas nos contratos dessa empresa controlada pelo Governo do Paraná", justificou o parlamentar, acrescentando que "o dinheiro dos nossos impostos não pode escorrer pelos trilhos".
De acordo com levantamento feito por Fruet, um dos escritórios, com capital social de R$ 1 mil, foi contratado por R$ 10,5 milhões, mesmo no caso de procedência parcial da ação. E depois disso, foi contratado mais duas vezes para emissão de pareceres, por R$ 340,5 mil e R$ 180 mil mais 10% do proveito econômico da demanda.
O endereço desse escritório, garante Fruet, é o mesmo de outro contratado sem licitação pela Ferroeste, por R$ 202,5 mil, cinco meses após ser aberto perante a Receita Federal. E apesar da presença de dois escritórios com contratos milionários no mesmo endereço, garantiu ele, não há sequer uma placa de identificação no imóvel.
Outro detalhe apurado é que um dos sócios desse segundo escritório inseriu em seu cadastro na OAB/PR um endereço profissional diferente, que consta como sede de uma terceira sociedade advocatícia - que, por sua vez, recebeu R$ 120 mil da Ferroeste, também sem licitação.
Na representação ao Gepatria, Fruet ressaltou que todas as contratações foram realizadas via inexigibilidade, sem qualquer procedimento simplificado. Argumentou ainda que a companhia estatal tem corpo jurídico próprio, pago pelos contribuintes. (Foto: Orlando Kissner/Alep)