Incidência de incêndios florestais tem aumento de 44% no Paraná
A falta de chuvas no primeiro semestre deste ano, associada à baixa umidade do ar, provocou o aumento de focos de incêndio no Estado. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros do Paraná, foram 3.793 casos nos seis primeiros meses deste ano, ante 2.516 registrados no mesmo período de 2017 - aumento de 44%.
A capitã do Corpo de Bombeiros do Paraná, Rafaela Diotalevi, explicou que quando chove menos o mato fica mais seco e, consequentemente, existe maior probabilidade de incêndios ambientais. Os focos, no entanto, não são provocados apenas por causas naturais.
"Os seres humanos costumam jogar lixos com cacos de vidros em áreas urbanas, principalmente em terrenos baldios, e isso pode gerar novas queimadas", disse ela. O vidro, em contato com o sol, é um dos principais causadores das queimadas dentro das cidades.
PRECAUÇÃO
O Corpo de Bombeiros tem algumas recomendações para evitar novos focos de incêndio, como não colocar lixos em terrenos baldios, não soltar balões e não jogar bitucas de cigarros perto de rodovias, principalmente nas regiões com mata.
Caso alguém presencie outra pessoa colocando fogo sem autorização, o órgão alerta que é preciso ligar imediatamente para o telefone 193 e fazer uma denúncia. Há equipes disponíveis 24 horas por dia para atender as demandas.
"Provocar incêndios sem a devida autorização, seja em florestas ou em centros urbanos, é considerado crime ambiental, e pode gerar multa e detenção de até quatro anos", afirmou Rafaela.
QUEIMADA LEGAL
A queimada agrícola para limpeza de áreas é um procedimento legal, mas deve ser usado com muita cautela, alerta o IAP (Instituto Ambiental do Paraná). Os agricultores, além de autorização, precisam seguir as regras estipuladas pela entidade, como fazer limpezas de faixas de dois a três metros de largura na área que vai ser queimada e respeitar os limites de áreas florestais e reservas de área permanente.