‘O agro é o Brasil que deu certo’, destaca o vice-presidente Mourão
Ao falar na abertura do IX Congresso Brasileiro de Soja e do Mercosoja, que se realizam em Foz do Iguaçu e vão até quinta-feira (19), com 18 paineis e 50 palestras, o general Hamilton Mourão fez questão de reconhecer a importância do agronegócio para a economia nacional. Em sua opinião, o setor agro "sintetiza o Brasil que deu certo, um Brasil que apostou na ciência e na tecnologia para o seu desenvolvimento".
"Falar de soja, agronegócio e segurança alimentar pressupõe práticas sustentáveis e preservação ambiental. Pautas inegociáveis nos novos tempos e que obrigam o Brasil e toda cadeia do agronegócio a encarar com desassombro e determinação o inadiável desafio de continuar ampliando a produção nas fronteiras agrícolas, preservando o meio ambiente e em particular a nossa Amazônia", acrescentou o vice-presidente da República.
Em uma projeção do futuro das exportações agrícolas, Mourão disse que o Brasil precisa diminuir sua dependência da China, que é nosso principal importador de soja. "Temos que procurar novos mercados. [...] Estamos apostando no Sul da África, no Sul da Ásia e no Oriente Médio", relatou. No primeiro trimestre deste ano a China importou 14.851 toneladas de soja brasileira, 35% mais que em igual período do ano passado e 14 vezes mais que o total adquirido pela Espanha, nosso segundo maior importador desse produto.
Guy de Capdeville, presidente em exercício da Embrapa, citando não só a cadeia da soja, mas também a do trigo, que se desenvolveu bastante nos últimos anos, estimou que "usando a ciência, seremos capazes de ser autossuficientes e alcançarmos nossa segurança alimentar sem destruir nossas florestas".
Já o secretário estadual de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, destacou que o agro brasileiro pode "fazer mais com menos" desde que continue apostando no conhecimento. "Se soubermos aproveitar os recursos que temos, podemos evoluir ainda mais e converter cada vez mais a soja em valor agregado", afirmou, lembrando que esse produto respondeu por 17% de tudo que o Brasil exportou ao longo do ano passado.
PRESENÇAS
Também participaram do ato o presidente do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Natalino Avance de Souza; o diretor-presidente da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Otamir Cesar Martins; o presidente da Ceasa-PR, Eder Bublitz, e o chefe do núcleo regional da Seab em Cascavel, Manoel Marcio Chaves. (Foto: Silvio Vera/Embrapa)