A inflação oficial ficou em 1,06% em abril, conforme divulgado hoje (11) pelo IBGE. O índice foi menor que o de março (1,62%), mas isso não aponta para um cenário menos ruim em maio, quando os preços sofrerão o reflexo do reajuste de 40 centavos (8,87%) no litro do diesel, em vigor desde ontem (10).

Maior variação para o período desde 1996 (ou seja, dos últimos 26 anos), o índice de abril fez com que a inflação brasileira completasse oito meses acima dos dois dígitos. O índice apurado nos últimos 12 meses saltou para 12,13% e o de janeiro a abril, para 4,29%.

Segundo a pesquisa do IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em abril.  "Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%),  tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)", explicou o pesquisador André Almeida.

Também tiveram altas os grupos de transportes (1,91%), saúde e cuidados pessoais (1,77%), artigos de residência (1,53%), vestuário (1,26%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%). O único grupo que registrou queda de preços foi habitação (-1,14%). (Foto: Tânia Rêgo/AGBR)