Confesso que sou totalmente avesso às homenagens por atacado feitas pelo Poder Legislativo, sobretudo em âmbito municipal e estadual, mas o caso objeto deste breve texto se justifica plenamente. Refiro-me à aprovação, pela Assembleia Legislativa do Paraná, do projeto do deputado Soldado Fruet concedendo o título de Cidadã Benemérita do Estado à empresária Philomena Maria Morello Rafagnin, uma das figuras mais queridas e emblemáticas não só de Foz do Iguaçu, mas do Oeste paranaense como um todo.

Era o longínquo ano de 1959 quando dona Philomena fundou junto com o marido Olímpio (in memoriam) o tradicional Grupo Rafain (assim mesmo, segm "g"), um conjunto de empresas de hotelaria, gastronomia e eventos que antes da pandemia chegou a empregar 1.300 pessoas em Foz e deu enorme contribuição para que este município se tornasse polo internacional do turismo.

Mas vale lembrar que o casal Rafagnin, que veio em 1955 do Rio Grande do Sul para o Paraná, se estabeleceu inicialmente na cidade de Corbélia e passou brevemente também em Cascavel, onde  "Dona Philó", como é chamada, chegou a trabalhar como empregada em um armazém de secos e molhados.

A brava história desta guerreira nascida em Sananduva, construída num tempo em que tudo era muito mais difícil que hoje em dia, é digna de reconhecimento pelo legado que deixa às gerações mais novas. (Foto: Álbum de família)