Pandemia ajudou a impulsionar o segmento de pequenos mercados
Um levantamento feito pelo Sebrae revela que, nos últimos anos, os tradicionais mercadinhos de bairro ganharam mais importância na vida da população da periferia, sobretudo das médias e grandes cidades, e um maior espaço na economia. O comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns - registrou alta de 12% na abertura de novos negócios entre 2018 a 2021, e principalmente nos dois últimos anos.
O destaque ficou para os MEIs (Microempreendedores Individuais), que saltaram de pouco mais de 38 mil novos empreendimentos formalizados em 2018 para 56.371 formalizados em 2021 no País todo. Já o número de empreendimentos desse porte que fecharam as portas caiu de aproximadamente 40 mil em 2018 para menos de 18 mil em 2021.
"Essa foi uma atividade que cresceu muito e ressalto, principalmente, o papel das compras menores, aquelas semanais. O poder de compra do brasileiro vem diminuindo e não há mais espaço para a compra mensal. Com a alta dos preços dos alimentos e do combustível, o cliente se desloca, no máximo, para um mercadinho do próprio bairro, onde adquire o necessário", explica Vicente Scalia, analista de competitividade do Sebrae-PR.
Só no Paraná existem atualmente 28.964 negócios ativos no setor supermercadista: 23.915 minimercados, mercearias e armazéns (82,57% do total), 4.002 supermercados (13,82%) e 1.047 hipermercados (3,6% do total). (Foto: Divulgação Sebrae-PR)