Corte no subsídio para assistência técnica complica mais o agricultor
A agricultura sofreu mais um duro golpe do governo federal, por intermédio de resoluções do Banco Central. Em resumo, as resoluções 4.666 e 4.675 do Bacen impedem os agentes financeiros de financiar recursos para a assistência técnica via crédito rural. A medida é considerada um retrocesso pelo presidente da Apepa (Associação Paranaense das Empresas de Planejamento Agropecuário), engenheiro agrônomo, Daniel Galafassi.
Em parceria com a Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), a Apepa recepcionou nesta semana os engenheiros agrônomos dos escritórios de planejamento agropecuário de Cascavel e região. A partir de agora, os agricultores serão obrigados a tirar o dinheiro do bolso para contratar os profissionais responsáveis pelos serviços de assistência técnica.
NEGOCIAÇÕES
Uma nova rodada de negociação ocorrerá nos próximos dias, quando a Apepa estará representada em Brasília para lutar pelo modelo existente anteriormente, quando os custos da assistência técnicas podiam ser inseridos no financiamento e também que a assistência técnica do Pronaf poderia ser feita desde que contemplasse também o Proagro. "Estamos em negociação com o Bacen, instituição que determina as resoluções vinculadas ao MCR - Manual de Crédito Rural", comenta Galafassi.
A agenda prevê ainda encontros com o os ministérios da Fazenda e da Agricultura, com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Agrário e CNA (Confederação Nacional da Agricultura), em conjunto com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). "Vamos aproveitar a oportunidade para falar da importância da assistência técnica, dos projetos, das questões ambientais, de conservação de solo e recursos naturais e lutar pela reversão dessas resoluções".
O encontro também contou com a presença do presidente da FEAPR (Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná), engenheiro agrônomo Ricardo Palma. (Foto: Assessoria)