Uma punição exemplar
Talvez o leitor desta coluna já saiba, talvez não, mas independente de o fato estar sendo grandemente repercutido na imprensa paranaense e brasileira desde segunda-feira (25), é um tema palpitante e atualíssimo diante, principalmente, da campanha eleitoral que se avizinha e na qual cada candidato irá, por óbvio, focar não nas virtudes e sim nos defeitos de seus adversários, dando ao eleitor uma oportunidade ímpar para conhecer a vida pregressa de cada um.
Refiro-me à decisão da juíza Carmen Lucia de Azevedo e Mello, que vem de condenar a ex-vereadora curitibana Fabiane Rosa a nada menos que 41 anos e 5 meses de prisão e ao pagamento de danos materiais a vítimas e ao erário por uma prática, infelizmente, muito comum em todos os níveis do Poder Legislativo brasileiro: a famosa rachadinha, que ocorre quando o detentor de mandato (vereador, deputado ou senador) toma para si parte do salário dos assessores por ele nomeados.
Denunciada pelo Ministério Público em 2020, a ex-vereadora chegou a ser presa à época e recentemente estava sendo monitorada em casa por tornozeleira eletrônica, mas diante da sentença viu sua situação se complicar grandemente, muito embora a defesa tenha decidido recorrer sob alegação de que elementos importantes do processo não foram levados em consideração pela magistrada.
O que de fato irá ocorrer com Fabiane Rosa pouco importa, pois ela já está alijada da política e com a situação definitivamente complicada para o resto de seus dias. O que importa, de fato, é que os demais políticos que praticam esse tipo de crime sejam igualmente banidos da vida pública, pois o povo brasileiro não merece pagar a conta de mais essa tremenda sacanagem. (Imagem: Reprodução Youtube Prof. Lucio Valente)