Vida e morte nas escolas
O jovem deputado Paulo Litro está por marcar um gol de placa e inscrever seu nome com o devido destaque na história da Assembleia Legislativa do Paraná. Para chegar lá, falta apenas a aprovação em redação final de seu projeto fixando as diretrizes básicas para que o suicídio passe a ser tratado com a devida importância nas escolas paranaenses.
A depressão, irmã siamesa do suicídio, há décadas tem sido um problema crescente na rede escolar e até hoje não há uma política efetiva para prevenir desfechos trágicos envolvendo professores e alunos. Ao contrário, é agravada pela conduta espetaculosa de boa parte da imprensa, que faz da tragédia alheia um espetáculo para agradar um público ávido pela desgraça, desde que na casa do vizinho, não na sua.
O projeto de Litro ataca o problema antes que ele fuja do controle, pois prevê a prestação de orientação especializada, com a realização de ações preventivas em toda a rede escolar.
Um dado que chama particularmente atenção na proposta é o fortalecimento do vínculo entre professores e alunos, com momentos de reflexão que favoreçam a boa convivência, o crescimento das relações interpessoais, o respeito mútuo, o acolhimento das diferenças e o exercício da comunicação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o suidídio é a terceira principal causa de morte entre jovens. E especificamente no Paraná, de 2018 para cá o número de casos tem se mantido em patamar recorde, com mais de 900 registros por ano.