Contribuinte paga Viagra, remédio para calvície e até próteses penianas. Pode?
Quem achava que as Forças Armadas eram uma exceção quando o assunto é investimento racional do dinheiro público, se decepcionou profundamente nos dois últimos dias ao descobrir que, na verdade, não é bem isso que acontece.
Ontem (11) veio a público a denúncia de que as Forças Armadas haviam autorizado a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra, remédio normalmente usado no tratamento de disfunção erétil, bem como de dois medicamentos usados no combate à calvície masculina.
No caso do Viagra, o Ministério da Defesa veio a público alegando que o montante adquirido é para tratamento de militares com hipertensão pulmonar arterial. Como se não bastasse tratar-se de uma doença bem menos comum em homens do que em mulheres, especialistas asseguram que a dosagem encomendada é inapropriada para esse fim.
E hoje (12) veio a público a informação de que o Exército Brasileiro gastou quase R$ 3,5 milhões na compra de 60 próteses penianas infláveis em 2020 e 2021, conforme consta no Portal da Transparência e no Painel de Preços do Governo Federal.
Autor das denúncias, o deputado goiano Elias Vagas disse que pedirá uma investigação do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público Federal. (Foto: Reprodução)