Requião diz que, se eleito, vai intervir na Sanepar e na Copel
Com 81 anos de idade completados no mês passado e os cabelos quase inteiramente brancos, Roberto Requião mudou de fisionomia, mas manteve intacto seu jeito de fazer política, com um discurso forte e baseado em bandeiras populares escolhidas estrategicamente para impactar o eleitorado.
“Assumimos o governo hoje e amanhã estamos fazendo uma intervenção pesada na Sanepar e na Copel”, garantiu ele em discurso durante evento que reuniu em Cascavel, na noite de ontem (8), os deputados Professor Lemos, Arilson Chiorato, Enio Verri e Gleisi Hoffmann, expressivo número de representantes do PT, sua nova casa, e de vários outros partidos de esquerda, além de sindicatos e outros movimentos populares.
Ao justificar o compromisso, que fez lembrar o slogan “o pedágio baixa ou acaba” criado duas décadas atrás e que não se consumou, o agora pré-candidato a governador (função que já ocupou por três mandatos) acrescentou que “empresas públicas não podem ser utilizadas como empresas de mercado” e que "a Sanepar está tendo lucros fantásticos e a Copel ano passado teve um lucro de 5 bilhões e 100 milhões de reais".
“A lei das sociedades anônimas determina que as empresas públicas mistas devem entregar no mínimo 25% dos lucros a seus investidores privados. [...}A Copel está entregando 65% dos lucros para fundações norte-americanas”, acrescentou Requião. (Foto: Divulgação)