Com apoio do PT, movimentos vão ao CNJ contra magistrados
Com apoio do PT, a ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia), movimentos sociais e parlamentares preparam uma representação ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra os magistrados que definiram pela manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a Agência Brasil, a representação será contra o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato em segunda instância e que manteve hoje a decisão que impediu a soltura do ex-presidente, e o presidente do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), desembargador Thompson Flores.
A iniciativa foi anunciada hoje pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, após reunião com a direção do partido em São Paulo. "Vamos apresentar todas as ações possíveis, mas, no primeiro momento, não como partido. Os parlamentares, os movimentos sociais e os juristas representarão no CNJ contra Gebran, Thompson e Moro, além de acionarmos a Corregedoria da Polícia Federal para explicarem por que não cumpriram uma decisão judicial", afirmou ela, em referência à decisão do desembargador Rogério Favreto, que presidindo ontem o plantão do TRF4 determinou a soltura do ex-presidente Lula.
CANDIDATURA
Em 15 de agosto, haverá um ato público, em Brasília, para registrar a candidatura de Lula à Presidência da República nas eleições de outubro. Paralelamente, o PT definiu hoje um calendário de ações até a data de registro da candidatura, incluindo protestos em frente à sede do TRF4.
"Também começaremos um abaixo-assinado pela liberdade de Lula", disse Gleisi Hoffmann, ressaltando que o partido não discute uma candidatura alternativa ou apoio a outro candidato, se o registro de Lula for indeferido. (Foto: AGBR)