Bolsonaro pilota trator agrícola e lança incentivo à energia renovável
Conforme havia prometido o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante visita há poucos dias à Itaipu Binacional, o presidente Jair Bolsonaro lançou nesta segunda-feira (21) um programa de incentivo à produção e ao uso sustentável do biometano, combustível renovável obtido pela purificação do biogás e que pode substituir o gás natural, o diesel e a gasolina.
Após a tradicional entrevista no jardim do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi até o Palácio do Planalto dirigindo um trator agrícola movido a biometano, levando cerca de dez minutos para fazer o trajeto de cerca de quatro quilômetros. No Planalto, ele e Joaquim Leite assinaram portaria criando Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano, o Metano Zero.
“O programa trata o lixo da cidade, o lixo do campo. São resíduos de aves, suínos, cana de açúcar, laticínios e aterros sanitários. Tudo isso para gerar o biogás, que gera energia, e o biometano, que gera o combustível para veículos pesados. Teremos a oportunidade de andar em caminhões, tratores e ônibus movidos a biometano, reduzindo o custo de combustível”, explicou o ministro do Meio Ambiente.
Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, assinou portaria que inclui investimentos em biometano no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura), isentando assim os novos projetos na área do biometano da cobrança de PIS/Cofins para aquisição de máquinas, materiais de construção e equipamentos.
De acordo com o governo federal, o programa resultará em um investimento de no mínimo R$ 7 bilhões na construção de novas plantas para produção do combustível semelhantes à já existente na Itapu, aumentando assim a oferta do produto e a instalação de corredores verdes para abastecimento de veículos pesados, com significativo impacto na redução de emissões de gases de efeito estufa.
Jair Bolsonaro afirmou que em pouco tempo o País poderá ter o equivalente a quatro vezes aquilo que recebe da Bolívia em gás, sem impostos. "Se o homem do campo vai fazer algo para gerar energia, não vai pagar PIS, Cofins, tampouco o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Ou seja, é uma energia que, além de própria, não tem esse custo elevado na ponta da linha que temos com impostos”, disse o presidente. (Foto: Antonio Cruz/AGBR)