Universidades estaduais darão emprego a cientistas ucranianas
O Paraná, onde já vivem em torno de 80% dos cerca de 600 descendentes de ucranianos que moram no Brasil, escancarou ainda mais suas portas aos moradores que estão fugindo daquele país europeu por conta da invasão russa. Os primeiros 29 refugiados entre mulheres e crianças chegaram ontem a Curitiba, na segunda (21) seguirão para Guarapuava e na sequência para Prudentópolis, cidade onde vive a maior colônia ucraniana no Brasil.
Mas o governo estadual está fazendo mais que simplesmente oferecer abrigo a esses estrangeiros. Fundação Araucária e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior já deram início a um programa para acolher cientistas ucranianas nas universidades estaduais paranaenses.
“O Paraná é a casa dos ucranianos no Brasil, tem uma conexão muito forte com essa cultura. Nesse momento é importante estarmos abertos para receber os refugiados. Com o Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianas procuramos demonstrar isto também pela vertente da ciência e da Academia”, justificou o governador Ratinho Junior.
O principal objetivo do programa é o recrutamento de cientistas das universidades ucranianas para desenvolverem suas pesquisas nas universidades sediadas no Paraná, inicialmente por um período de até dois anos. O Estado espera receber até 50 pesquisadoras doutoras que estavam atuando nas universidades sediadas na Ucrânia para o desenvolvimento de projetos de pesquisa.
Cada uma dessas pesquisadoras receberá uma bolsa de R$ 10 mil, além de R$ 1 mil adicional por dependente abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos. Nesse último caso, o limite máximo é de R$ 3 mil. (Foto: José Fernando Ogura/AENPR)