Do PR para o mundo: Jhonson, a mais nova estrela dos gramados
É de encher os olhos dos amantes do bom futebol a campanha da seleção brasileira no Campeonato Sul-Americano Feminino Sub-17 de Futebol, que está sendo disputado no Uruguai. Com aproveitamento de 100% e sem levar um gol sequer, a equipe voltou a bater o Paraguai na noite de ontem (16), desta feita por 3 a 0, e garantiu presença não só na final desta competição, que será neste sábado, diante da Colômbia, mas também no Mundial da categoria, marcado para outubro deste ano, na Índia.
Esta segunda vitória sobre a equipe paraguaia na mesma competição também foi a primeira sem gol da atacante Johnson, que vem chamando a atenção de clubes do mundo todo. Mesmo assim, porém, ela segue como principal artilheira do Sul-Americano com 9 gols marcados em apenas 5 jogos. "Eu sempre fiz gols, mas ser a artilheira do Brasil na competição está sendo algo de muita felicidade”, comemorou Johnson, que é do Oeste paranaense. Vinda de Londrina, ela defende o Toledo Esporte Clube, cuja programação de treinamento é toda desenvolvida na cidade vizinha de Ouro Verde do Oeste.
Uma das jogadoras mais jovens deste Sul-Americano, Jhonson tem apenas 16 anos e joga no time feminino principal do Toledo desde os 15, quando trocou o futsal pelo futebol de campo. E seu talento é tamanho que o clube já confirmou a presença dela nos campeonatos Paranaense Adulto e Brasileiro A3 deste ano.
MULTA MILIONÁRIA
Batizada Ingrid de Morais, Jhonson já possui contrato de profissional com o Toledo Esporte Clube. Ele foi assinado no início deste ano e impõe multa verdadeiramente de gente grande ao clube estrangeiro que queira levá-la embora: USS 10 milhões, o equivalente a cerca de R$ 54 milhões. "Os valores astronômicos são para prendê-la ao clube e tentar protegê-la dos tubarões”, explicou à Folha de S. Paulo o técnico Jaime Lira, um dos responsáveis pela elaboração do contrato.
Já para qualquer clube brasileiro a multa é de US$ 1 milhão, mas ainda assim algo inimaginável até bem pouco tempo atrás em se tratando de futebol feminino, pois a jogadora negociada pelo maior valor da história até agora, a dinamarquesa Pernille Harder, foi contratada pelo Chelsea por 300 mil libras, o equivalente a cerca de R$ 2 milhões. (Foto: Adriano Fontes/CBF)