MDB = Ratinho; Requião = Lula
Com a chamada janela partidária chegando à metade de sua curta duração, de apenas 30 dias, o cenário político vai ganhando contornos definitivos no Paraná para as eleições de outubro próximo. E embora “muita água ainda vá passar debaixo desta ponte”, já é possível vislumbrar a confirmação do cenário que se previa antes mesmo das primeiras migrações partidárias.
Historicamente um partido alinhado à esquerda, o MDB já decidiu que caminho irá trilhar, e que nada tem a ver com aquele que sempre seguiu em seu passado. Reunido para avaliar o convite de Ratinho Junior para compor o atual Governo do Paraná, o "velho de guerra" decidiu responder positivamente e, com isso, deixar claro para todos que interesse tiverem que irá alinhar com a candidatura à reeleição do atual governador.
“Com respeito e diálogo com todos, ao aderir a uma aliança programática com o Governo do Paraná, esperamos que a discussão de políticas públicas e a aplicação de tais políticas sirvam para o enfrentamento das crises sanitária, econômica e política que o País atravessa. Trata-se de pensar no coletivo, sem vaidade, sem objetivos que privilegiem indivíduos em detrimento de outros”, justificou o partido em nota oficial.
E logicamente que tal decisão não passou pela vontade da família Requião, durante décadas a fio uma espécie de dona do MDB e cujo representante máximo, o sempre polêmico Roberto Requião, se filiará ao PT nesta sexta-feira (18) à noite, em ato que será realizado na Expo-Unimed de Curitiba e contará com a presença de ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-governador, a propósito, já tem vaga garantida pelo PT para disputar o Palácio Iguaçu pela quinta vez, como se a política do Paraná não fosse capaz de oferecer alternativas de oxigenação para romper a mesmice que dela tomou conta a partir dos idos de 1980. (Fotos: AENPR e Senado Federal)