Nora x sogra: como atuar nessa relação?
Elis Gislaine Marques Sbardelotto
A relação entre nora e sogra parece ser, na maioria das vezes, uma relação de parentesco negativa, ruim, distante. Assim possui, a principio, mais aspectos negativos do que positivos, e que podem exercer influência prejudicial na vida de marido e mulher.
Para algumas mulheres, se relacionar bem com a sogra equivale, mais ou menos, a acertar na loteria. Mas nem todos os casos são assim.
Sobre esse relacionamento, como em qualquer outro, é fundamental ser realista e ter em mente que são duas pessoas de origem e famílias diferentes, e que essas diferenças podem causar desarmonia. As ideias formadas sobre como deveria ser o relacionamento entre nora e sogra podem ser um obstáculo para que as duas desenvolvam um convívio saudável, pois quando se imagina ou se espera que uma ou outra tenha um determinado comportamento e isso não acontece, a chance de se decepcionar é grande.
Um exemplo: quando uma nora espera que seu relacionamento com a sogra seja íntimo e carinhoso e a sogra não vê dessa maneira, a nora pode interpretar que a sogra não quer ser sua amiga. Numa situação dessas a nora pode ter a sensação de que está sendo rejeitada, mesmo que não seja essa a real intenção. A nora então se retrai, fazendo com que a distância entre elas aumente.
Em sentido oposto, a sogra pode imaginar que a nora tem que ser tradicional como ela, boa dona de casa, boa cozinheira, saber bordar, fazer tricô, etc... Quando isso não acontece, a tensão entre as duas pode ser conflituosa.
Noras e sogras podem conviver de maneira saudável desde que administrem as diferenças que envolvem a relação, uma desenvolvendo a capacidade de se colocar no lugar da outra para perceber as questões envolvidas na relação, e porque cada uma age de determinada forma.
Isso ocorre à medida que ambas amadurecem emocionalmente e passam a se compreender mutuamente, tendo em vista que cada uma exerce papel diferente, mas ambos de suma importância na vida do marido ou do filho.
Pode se tornar muito trabalhoso encontrar uma maneira para que esse relacionamento aconteça com êxito, pois a “arte" de conviver com uma pessoa não escolhida para ser sua amiga, mas que passa a ter uma conexão íntima com você, pode acarretar algumas resistências. Superar isso é um verdadeiro desafio, que não pode prescindir da contínua construção de uma boa relação. (Foto: Reprodução)
Elis Gislaine Marques Sbardelotto é especialista em Psicologia Familiar Sistêmica e Orientação Vocacional e perita Avaliadora de Trânsito - CRP-08/13639 - Contato 45 999128788