PR aumenta produção e confirma liderança nacional na piscicultura
A produção de peixes em tanques no Paraná, especialmente a tilápia, alcançou 188 mil toneladas em 2021, 9,3% a mais que em 2020. Com isso, o Estado confirmou ainda mais sua liderança no segmento, com participação de 22% na produção global do País. O crescimento foi de 9,3% em relação a 2020. O segundo colocado foi o estado de São Paulo, que encerrou o ano com 81.640 toneladas conforme o Anuário PeixeBR.
“Essa é uma cadeia consolidada no Paraná e com excelentes perspectivas de crescimento”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Temos acompanhado e visitado empreendimentos novos, confirmando que esse segmento será ainda mais importante para a economia do Estado e para o aumento de renda de produtores”, ressalta;
O bom desempenho do Estado é puxado pelo modelo cooperativista de integração, que garante suporte produtivo, industrial e de comercialização dos pescados. “Além do cooperativismo, que investe fortemente na atividade, o Paraná tem uma legislação ambiental simples e ativa para garantir qualidade e respeito à natureza, um rigoroso controle de sanidade e uma assistência técnica qualificada”, diz Ortigara.
Segundo o Deral (Departamento de Economia Rural), a piscicultura movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano no Paraná, com a região Oeste concentrando cerca de 70% da produção. “Em 2021, a produção foi prejudicada em consequência da pandemia e da estiagem, que encareceu o custo de produção e reduziu as margens dos produtores e indústria, mas temos boas expectativas de que este ano o crescimento ganhe ritmo mais rápido”, diz o analista do Deral, Edmar Gervásio.
EXPORTAÇÕES
As exportações da piscicultura brasileira bateram recorde em 2021, com crescimento de 49% em relação ao ano anterior. Enquanto em 2020 foram 6.681 toneladas enviadas ao Exterior, no ano passado o volume alcançou 9.932 toneladas. Em termos monetários, o aumento foi ainda maior, com a entrada de US$ 20,7 milhões, ou 78% superior ao ano anterior.
De acordo com o levantamento da PeixeBR, os peixes inteiros congelados apresentaram os maiores volumes, com US$ 8,6 milhões (41% do total) e alta de 390% no comparativo com 2020. Os filés frescos ou refrigerados renderam US$ 5,4 milhões (26% do total), com aumento de 3%. Os filés congelados tiveram aumento de 573% em recursos (US$ 2,2 milhões) e de 406% no volume (381 toneladas).
As tilápias, com participação de 86%, são a espécie mais exportada. O Paraná é o primeiro colocado quando se trata de volume, com 3.471 toneladas de tilápias inteiras congeladas enviadas ao Exterior, um aumento de 129% em relação a 2020. No entanto, fica em segundo em volume de arrecadação, com US$ 6,2 milhões (34% do total exportado pelo País).
Mato Grosso do Sul figura como o Estado que mais arrecadou com a exportação de tilápia em 2021, alcançando US$ 6,7 milhões, o que representa 37% do total brasileiro. O Estado tem tradição de exportar filés frescos ou refrigerados. No ano passado, foram enviados ao exterior 1.899 toneladas.
Estados Unidos (64%), Colômbia (9%), China (8%) e Chile (5%) foram os principais importadores da piscicultura brasileira em 2021. As exportações para os EUA apresentaram aumento de 123% em valor, atingindo US$ 13,3 milhões. Os embarques para a Colômbia apresentaram aumento de 204%, e para China o crescimento foi de 88%. (Foto: Jonathan Campos/AENPR)