A janela partidária vem aí
De 2 de março a 2 de abril, nossos políticos poderão mudar de partido sem qualquer risco da perda de seus atuais mandatos. É a chamada janela partidária, criada para que se acomodem de acordo com seus interesses. A despeito de seu total casuísmo, tal possibilidade veio em muito boa hora na medida em que o pleito deste ano será o primeiro com as tais federações, que vão impor uma fidelidade jamais vista ou praticada na história recente da política partidária brasileira.
Para os atuais prefeitos e vereadores isso quase nada muda, a não ser para aqueles que pretendem ser candidatos já em 2022, sem dar a mínima para o fato de terem assumido com quem os elegeu há menos de dois anos o compromisso do exercício integral dos mandatos. Mas no caso dos demais, e especialmente dos deputados estaduais e federais, a tal janela talvez seja pequena para possibilitar tantos saltos em tão curto espaço de tempo.
Só na Assembleia Legislativa do Paraná fala-se na migração de mais de uma dezena de parlamentares, praticamente todos desejosos de alinhar com a candidatura à reeleição do governador Ratinho Junior. A começar pelo presidente Ademar Traiano, que está de malas prontas para trocar o PSDB pelo PSD, caminho que também deve ser trilhado por pelo menos mais um tucano: Paulo Litro. Situação idêntica vivem Luiz Claudio Romanelli, Artagão Junior, Tiago Amaral e Alexandre Curi, que devem se acomodar no PP. E vários outros deputados estaduais (e também federais) vão migrar, mas ainda falta definir para quais partidos.