Há ano e meio, o presidente da Comissão Técnica de Avicultura da Faep, Diener Gonçalves, instalou um conjunto de painéis fotovoltaicos em sua propriedade. Desde então, ele vem sentindo no bolso a economia na conta de luz propiciada pelo investimento.  "É o melhor negócio que fiz na minha vida", resume.  “Além de praticamente eliminar o custo com a energia, tem essa possibilidade de a Copel vir a adquiria a produção", ressalta.

Como dele, outros produtores de Paraná inteiro têm investido pesado em energia solar, e sem se arrepender.  "Estou com a usina há 14 meses. De lá para cá, baixou 90% o custo com a energia. É um investimento que te dá um retorno que não se compara a nenhum outro", aponta João Wochner, avicultor da região Oeste.  “Não é um gasto, é um investimento que diminui os custos. No meu caso, é um conjunto de 40 placas, que nos dá uma economia de R$ 13 mil por ano", acrescenta Nilton Wendler, da região dos Campos Gerais.

Atualmente, segundo a Faep, mais de 3,9 mil produtores rurais mantêm usinas fotovoltaicas no Estado, número 70% maior que o de novembro do ano passado. E o aumento dos investimentos deve ser ainda até o fim de 2022, diante do fim de subsídios tarifários previstos por decreto federal, do aumento constante da energia elétrica e, no caso específico do Paraná, do fim da Tarifa Rural Noturna.

"Todo esse cenário deve provocar uma corrida pela instalação de usinas em propriedades rurais de todo o Estado. É um investimento que se paga em um período curto - de quatro a sete anos, dependendo do caso -, e que o produtor goza dos benefícios por mais de 25 anos, tempo de vida útil dos painéis", destaca Luiz Eliezer Ferreira, técnico do Sistema Faep/Senar-PR. (Foto: Sistema Faep)