Dilceu Sperafico

Além de promover eventos como o Show Rural Coopavel, para mostrar a força e a evolução do agronegócio brasileiro aos consumidores e fornecedores nacionais, o País também está investindo em exposições e promoções no exterior, com objetivos semelhantes, ou seja, divulgar a dimensão, qualidade, diversidade, modernidade e sustentabilidade da agropecuária nacional. 

Durante todo este mês de fevereiro de 2022, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e a Apex - Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) realizam ampla campanha de divulgação das vantagens das carnes suína e de frango do País, em Moscou, na Rússia.

O evento conta com exposição de outdoors em relógios de rua, pontos de ônibus e outros locais da área turística da capital russa, ao redor do Centro de Exposições e Praça Vermelha, totalizando 69 pontos de publicidade no centro de Moscou. Com a mensagem  “Qualidade que você pode confiar - Uma parceria de longo prazo”, a promoção incluiu feira de alimentos, entre nove a 11 de fevereiro, seguida de visita do presidente Jair Bolsonaro, dia 16, para novas negociações, inclusive sobre importação de fertilizantes.

O objetivo é fortalecer os produtos brasileiros, aproveitando momento estratégico para o agronegócio nacional, pois a Rússia anunciou recentemente a liberação de cota de 100 mil toneladas para importação de carne suína do País e exportadores brasileiros esperam também vender volumes expressivos para o mercado do Leste Europeu. Ao mesmo tempo, o Brasil busca expandir as vendas de carne de frango ao mercado russo, um dos principais destinos da proteína animal do País.

A Rússia está entre os 10 maiores importadores da carne de frango do Brasil, com 105,9 mil toneladas em 2021 e receitas de 167,3 milhões de dólares no período, além de também se destacar entre os destinos de carne suína nacional, com importação de 9,2 mil toneladas no ano passado, no valor de 23,8 milhões de dólares.

As mesmas entidades, ABPA e Apex-Brasil, também participaram de grande feira de alimentos do mercado europeu, a primeira desde o início da pandemia e considerada a maior do mundo, entre os dias nove e 13 de outubro de 2021, em Colônia, na Alemanha, com participação de importadores e potenciais clientes de dezenas de países.

No espaço exclusivo das agroindústrias de suínos, aves e ovos do Brasil, foram gerados 34,8 milhões de dólares em negócios durante os cinco dias de evento e as expectativas são ainda mais otimistas para os próximos 12 meses, com projeções de negócios de 490,2 milhões de dólares, com cerca de 840 contatos realizados.

Para participar do evento, o País contou com área exclusiva de 270 m2 no Centro de Exposições da Koelnmesse, com reuniões e ampla área gastronômica, com pratos tradicionais, como frango com polenta, entre outros, servidos aos importadores e potenciais clientes. Reforçando a estratégia de marcas internacionais da avicultura e suinocultura do Brasil foram também distribuídos materiais promocionais com informações sobre a cadeia produtiva do País, como folders impressos e digitais.

Os representantes brasileiros comemoraram os resultados do evento e negociações anteriores, pois foram gerados nos nove primeiros meses de 2021, cerca de 310 milhões de dólares em exportações para a Alemanha, beneficiando as principais regiões produtoras de País, incluindo o Oeste do Paraná. (Foto: AENPR)

Dilceu Sperafico é ex-deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Paraná - dilceu.joao@uol.com.br