PR passa a recuperar estradas com concreto em vez de asfalto
Uma das obras mais aguardadas pela população da região Sudoeste, e que tem chamado muita atenção pelo formato inovador, é a revitalização do trecho da PRC-280 de Palmas ao Trevo Novo Horizonte, na divisa são Santa Catarina. Dos 59,55 quilômetros mais degradados da rodovia, já foram restaurados 17,5 quilômetros de meia pista. O detalhe é que em cima do asfalto deteriorado está sendo aplicada uma camada de concreto.
É a primeira obra rodoviária feita pelo Estado a receber restauração com essa técnica, conhecida como whitetopping e que já vinha sendo utilizada na duplicação do trecho da BR-163, uma obras do governo federal entre Cascavel e Marmelândia, logo depois do Rio Iguaçu. Trata-se de uma técnica mais cara, mas muito mais duradoura.
“Enquanto o recapeamento com asfalto comum dura em média cinco anos, com esta técnica o tempo de vida útil do pavimento é de no mínimo 20 anos e pode chegar a 30 anos”, explica o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “É uma tecnologia que o DER sempre quis utilizar, mas sempre houve dificuldade financeira, porque o cimento sempre foi muito caro. Agora, com a situação mundial do petróleo, o custo do asfalto se equiparou ao do cimento”, assinala o engenheiro Paulo Melani.
Em uma usina instalada próxima à obra, o concreto é feito da seguinte forma: pedras em diferentes tamanhos são colocadas em uma máquina totalmente automatizada, para então serem misturadas com cimento. Assim que chega no local da obra, levado por caminhão, a mistura é despejada por uma escavadeira na frente da pavimentadora, que dá o acabamento no pavimento.
O investimento do Governo do Estado na recuperação desse trecho é de R$ 107,4 milhões. A obra integra o Avança Paraná, programa que utiliza recursos financiados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. (Foto: Ari Dias/AENPR)