Nada a ver uma coisa com a outra
A maioria dos brasileiros tem por mania deixar tudo para a última hora, quando não para depois, e isso gera um ambiente propício para tragédias como a ocorrida no último sábado, no interior de Minas Gerais, e que culminou com dez pessoas mortas depois que um enorme paredão de rocha desabou sobre a embarcação por elas ocupada. De imediato, e até para evitar repercussões negativas ainda maiores, a Marinha sugeriu que os passeios de barco nas Cataratas, em Foz do Iguaçu, também fossem suspensos indefinidamente.
Mas nada disso aconteceu, e por ao menos duas razões óbvias. Primeiro, porque o episódio de Capitólio (MG) era uma tragédia anunciada, com alertas já antigos de que isso poderia um dia acontecer; segundo, porque no caso das Cataratas os passeios de barco são realizados há 36 anos sem nenhum registro de incidente geológico, e também porque há um monitoramento constante.
Por conta disso, os passeios em Foz voltaram a ser realizados normalmente desde ontem diante da apresentação do mapeamento da região e dos dados repassados através de relatórios, demonstrando a segurança e os cuidados contínuos no Parque Nacional do Iguaçu, onde o padrão de qualidade dessa atividade possui inclusive duas das principais certificações internacionais de qualidade. (Foto: Cataratas SA)