Uma pandemia chamada depressão
Elis Gislaine Marques Sbardelotto
A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem alertado para o aumento preocupante dos casos de depressão. Entre 2005 e 2015 o número de casos da doença cresceu 18%, chegando a 322 milhões no mundo todo.
A depressão é um transtorno mental que produz alterações no humor caracterizadas por uma tristeza profunda relacionada com sentimentos de dor, baixa autoestima, distúrbios do sono ou do apetite, falta de concentração e, nos casos mais graves, até delírios e alucinações.
Pessoas que passaram por algum trauma ou instabilidade emocional forte, como a perda do emprego, crise financeira, separação, doença grave ou um luto, estão mais propensas a desenvolver a depressão. Ainda segundo a OMS, as mulheres estão mais suscetíveis a quadros depressivos do que os homens.
Nos casos mais graves ela pode resultar também em suicídio, principalmente quando não diagnosticada e tratada a tempo por um profissional capacitado para isso.
A depressão pode ser caracterizada como leve, moderada ou grave, variando de acordo com a intensidade dos sintomas. No quadro leve, a pessoa afetada pode encontrar dificuldades para realizar trabalhos simples e atividades sociais, sem grande prejuízo. Porém, durante um quadro grave o indivíduo se torna incapaz de realizar qualquer função social.
Na maioria das vezes o transtorno se agrava porque a pessoa acometida em vez de procurar ajuda se fecha e se isola, e normalmente os familiares e amigos não percebem o que está acontecendo.
A pessoa com depressão tem uma sensação de que aqueles sintomas só acontecem com ela, que não vai melhorar, que não adianta pedir a ajuda de familiares, amigos ou de um profissional. Enquanto isso, os sintomas vão crescendo.
É muito importante estarmos sempre vigilantes e ao percebermos qualquer alteração de comportamento em pessoas do nosso convívio, tentarmos conversar e, se for o caso, pedir a ajuda de algum familiar ou profissional qualificado para tratar desse tipo de problema.
Isolamento social, mudança repentina de hábitos, apatia, preocupação, negativismo, cansaço excessivo, ficar deitado a maior parte do tempo, expressar desejo de desaparecer ou morrer, entre outros, são sinais que devem ser observados e levados em consideração.
"A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada"- Jean Jacques Rousseau.
Elis Gislaine Marques Sbardelotto é especialista em Psicologia Familiar Sistêmica e Orientação Vocacional e perita Avaliadora de Trânsito - CRP-08/13639 - Contato 45 999128788